Os estúdios Ghibli nasceram em 1983 durante a produção do filme anime de renome "Kaze no Tani no Nausicaa" (Nausicaa of the Valley of Wind). Uma produção de Hayao Miyazaki que foi também, em conjunto com uma companhia de animação (Tokuma), o criador dos estúdios Ghibli. As

Nausicaa
suas produções e trabalho artístico (e do seu amigo Takahata, colaborador nos estúdios Ghibli) para outros estúdios tinham sido optimamente aceites em séries de anime como a "Heidi", "Conan, o rapaz do futuro", "Ana dos Cabelos Ruívos" e "Marco" (todos passaram na TV portuguesa).

O objectivo dos estúdios Ghibli era permitir fazer algo de novo, de grande qualidade, e que não se podia fazer senão de uma forma mais independente, sem os limites comerciais dos grandes estúdios japoneses.


O Anime de Miyazaki

Nausicaa é considerado por muitos o melhor anime de sempre e foi muito bem aceite na altura. Outras produções sequentes de Miyazaki como Laputa (1986), Totoro (1988), Kiki’s Delivery Service (1989) e Porco Rosso

Mononoke Hime
(1992) foram alvo de inúmeros prémios (principalmente japoneses) e tiveram bastante aceitação internacional (encontrando-se legendados e dobrados em várias línguas). Continuando a seguir a carreira de Miyazaki observamos no ano passado (1997) a finalização do que muitos consideram a sua obra prima. Mononoke Hime (Princess Mononoke) é um filme bastante forte que só no Japão se tornou o filme mais visto de sempre, enchendo cinemas durante mais do que um ano e batendo em muito as audiências dos melhores filmes da Disney.


O Anime de Takahata

As produções de Takahata pela Ghibli só começaram em 1988 com

Grave of the Fireflies
o excelentíssimo Hotaru no Haka (Grave of the Fireflies), seguido do Omohide Poro Poro (1991) e depois o Heisei Tanuki Gassen Pom Poko (1994). Talvez com menos impacto do que o Miyazaki o seus filmes seguem uma linha muito forte e deprimente por vezes, mas onde, apesar de tudo, a felicidade não está limitada e advem das coisas mais simples (tal como na realidade).


Produções "independentes"

Com uma grande vontade e impulso da parte de Miyazaki as produções de autores mais novos da Ghibli também alcançaram um sucesso considerável. Em 1993 lançaram o filme para a televisão Umi ga

Whisper of the Heart
Kikoeru
(I can Hear the Sea) - dirigido por Tomomi MOCHIZUKI - e em 1995 o fabuloso Mimi wo Sumaseba (Whisper of the Heart) - dirigido por Toshio Suzuki (que não fazia parte da Ghibli) e com a participação de Miyazaki noutros campos como a produção e até mesmo a composição de letras das músicas. Ambos são filmes muito mais ligados à cultura oriental dos anos 90, centrando-se as duas estórias em estudantes do secundário e na sua vida amorosa. O Whisper of the Heart vai bastante além de uma estória sobre estudantes e mostra um mundo interior que é comum a dois jovens e que se manifesta de formas diferentes mas com muito em comum.

A Ghibli produziu ainda um videoclip para o grupo de música Chage & Aska de seis minutos e que se dá pelo nome de On Your Mark. Para além deste produziu também dois pequenos comerciais para a cadeia de televisão nipónica NTV um com a mascote dessa cadeia e outro comomerativo dos 40 anos da mesma e que contava muito sucintamente uma estória para crianças que se baseia numa pequena semente azul.


A Ghibli vai-nos chegar pelas mãos da Disney

Com base num acordo assinado entre a Disney e a Tokuma (detentora dos direitos para os filmes da Ghibli excepto o Grave of the Fireflies) a Buenavista International (distribuidora da Disney) irá distribuir os filmes da Ghibli para o ocidente na sua versão integral, sem cortes tanto na película como na banda sonora. Esperamos assim que estes maravilhosos filmes cheguem a Portugal, provavelmente para o cinema.



De momento encontram-se disponíveis versões brasileiras do Totoro e do Porco Rosso distribuídas pela Edivideo, faceis de encontrar em supermercados por todo o país.

Para mais informações visite: Site oficial da Ghibli
Para mais informações visite: Nausicaa.net





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