Miniplaneta gelado encontrado no sistema solar Astrónomos encontraram um miniplaneta gelado que orbita o Sol bem atrás de Plutão, fornecendo informação que o sistema solar se expande para lá dos limites até então julgados. O pequeno planeta tem cerca de 450 Km de diâmetro o que dá uma área de superfície comparável com a do Texas. É o corpo mais brilhante do sistema solar encontrado para lá de Neptuno desde a descoberta da Lua Charon de Plutão em 1978. É o primeiro objecto numa espécie de terra de ninguém, uma área que nós nunca pensámos que podíamos ter um indício destes com a nossa tecnologia actual. É provável que não esteja sozinho. Cálculos teóricos sugerem que haverá milhões de pequenos objectos gelados do sistema solar por detrás dos outros planetas. Os astrónomos consideraram a sua nova descoberta uma extensão do cinturão de Kuiper, uma colecção de pequenos corpos gelados que circulam o Sol por detrás da orbita de Neptuno. Cerca de 40 objectos do cinturão de Kuiper foram descobertos desde 1992. Antes disso, os únicos objectos do cinturão de Kuiper conhecidos foram o planeta Plutão, descoberto em 1930, e Charon. Luu descobriu um novo objecto, conhecido como 1996TL66, com os colegas de Harvard, das universidades do Hawwaii e do Arizona, e também com um astrónomo amador de Cloudcroft, Novo México. Eles descreveram a descoberta na edição de quinta-feira (29-05-97) do jornal Nature. O facto é que o 1996TL66 é considerado muito pequeno para ter o nome de um deus Romano. Os astrónomos suspeitam que ele é composto do mesmo material que os outros objectos do sistema solar, água, dióxido de carbono, metano e outros materiais, todos no estado sólido (gelado). Os astrónomos descobriram o 1996TL66 com um telescópio da universidade do Hawaii quando o objecto passou entre os outros planetas em Outubro. Eles seguiram-no durante vários meses com telescópios no Hawaii, Arizona e Novo México. A movimentação do objecto nos últimos meses mostra que segue uma orbita desequilibrada como qualquer outro objecto do cinturão de Kuiper. Ele passa nas vizinhanças dos planetas todos os 800 anos, depois volta para o espaço distante antes de fazer a próxima passagem. |
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Bruno Mouco | Voltar |